sábado, 20 de julho de 2013

Amizade

A amizade pode ter vários nomes, mas o seu sobrenome é sempre o mesmo: Felicidade. 
Amigo, irmão, companheiro, namorado, pai, mãe, psicólogo, tatuador, animal de estimação, livro, chocolate,...


Segundo o dicionário Aurélio, amizade significa: Afeição, estima, dedicação recíproca entre pessoas do mesmo sexo ou de sexo diferente: laços de amizade. / Amor. / Acordo: tratado de amizade. / Benevolência, favor, serviço: provas de amizade. / Simpatia de certos animais pelo homem: a amizade do cão pelo dono.

Obrigada a todos aqueles, que de alguma forma, querem bem alguém e provam isso todos os dias ao estarem ao seu lado. Obrigada aos que estão sempre presente seja em corpo, seja em pensamento. Obrigada pelas palavras de carinho, pelas risadas, pela atenção, pelos abraços, pelas bebedeiras, pelo “vai ficar tudo bem”. Obrigada a toda forma de amizade, pois amizade pra mim, é como diz no dicionário, “quando há dedicação recíproca”, e também, além disso, é quando há uma vontade maior de ver e fazer aquele ser feliz  a qualquer custo.

Posso conquistar o mundo, mas se não tiver os meus amigos, ao meu lado, de nada valeu a conquista.

Obrigada, aos poucos, porém bons e verdadeiros.

domingo, 14 de abril de 2013

Bolinhas de vida



Foi um dia difícil para Mariana. Na verdade, uma semana bem mais complicada que o normal. Ela sentia que cada hora, cada minuto que passava era um teste de resistência. Resistência aos caos que ela se encontrava.

Aquela sexta-feira amanheceu nublada, sem uma luz para alegrar o seu dia. Mariana já estava se acostumando com tantos tropeços. A indiferença começava a tomar conta do seu pensamento, e aquelas nuvens negras no céu pareciam formar o cenário perfeito para sua semana sombria.

Enfim, mais um dia ia terminando, e com ele, mais um ciclo se encerrava. Mas será que sua alma permaneceria assim para sempre, em meio a tantas sombras? – Se perguntava Mariana. Ela notara que um sentimento estranho vinha fazendo parte do seu corpo. Era como se estivesse esquecendo algo. - Mas o quê? Mesmo sem saber exatamente o que havia perdido, Mariana resolveu sair para procurar.

Caminhando pelas ruas, Mariana percebeu como ventava naquele final de tarde e como era bom sentir aquela brisa tocando com tanta delicadeza seu rosto e cabelos. Ela então percebeu como sentia falta do vento. Mariana olhava ao seu redor, e começou a reparar nas construções da sua rua. Reparou que agora havia uma academia ali onde ela costumava comprar seu pão quentinho, e que muitos dos seus vizinhos estavam com carros diferentes, novos. Reparou também, que o piso da calçada havia sido trocado, e que agora, ficava mais fácil caminhar sem tantos buracos. Enquanto caminhava, Mariana percebeu que a calçada bonita começava a ser pintada com diversas bolinhas. Sim, bolinhas de tamanhos diferentes.

A indiferença tinha tomado conta de Mariana, por tanto tempo, que ela se esquecera como era bom o toque da chuva em sua pele. Mariana caminhou sem rumo naquele fim de tarde, curtindo a chuva e a brisa que ela havia deixado de lado por tanto tempo. Ao chegar em casa, percebeu que, assim como o piso novo da rua, ela também estava cheia de bolinhas. E aquela sensação de que tinha esquecido algo havia passada.

Foi então que tudo ficou claro. Agora ela sabia. Tudo fazia sentido. Ela esquecera por muito tempo de observar, de sentir, de viver. Ela esquecera o quão bom era o acaso e suas alegrias. Mariana não precisava de mais nada para se sentir completa, apenas viver e se pintar de bolinhas esporadicamente.