Ser feliz é como andar de bicicleta. A gente precisa de um
empurrãozinho, de alguém para confiar... Demora pra aprender, depois que aprende
não quer mais largar. Um dia a gente enjoa e fica tempos com ela esquecida num canto.
Mais tarde lembra que existe, mas é difícil manter o mesmo equilíbrio, o mesmo
ritmo de antes... E depois de tanto tempo longe e de relembrar como é bom,
promete nunca mais deixar pra lá.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Eles estão chegando...
Ontem foi a noite dos guris da Picanha de Chernobill mostrar
como se faz um show de rock de verdade. Pode parecer exagero, mas não posso
deixar de comentar aqui que pode ter sido o melhor show de banda nacional que
eu já presenciei. A energia desses caras é inexplicável. Quer conhecer a banda
de verdade? Não ouça só os CDs, vá a um show. A vontade e o prazer colocado em
cada execução das músicas contagia quem está ouvindo. É impossível ser um
ouvinte passivo da banda Picanha de Chernobill.
Ontem, logo depois da banda Os Vespas, que, diga-se de
passagem, também arrasou no aquecimento da plateia, a banda subiu ao palco e
deu inicio a uma intensa saudade que vai deixar. Eles mostraram porque devemos
pedir para eles voltarem sempre. Rock ‘n roll de primeira, feito com vontade,
muito amor e bem executado foi a essência da noite. Ninguém conseguiu ficar
sentado e logo, o John Bull deixou de ser um Pub e tomou vida de uma casa de
shows. O lugar parecia crescer descomunalmente a cada música tocada, e a noite que já
era quente, agora fervia.
O show também contou com diversas participações de amigos. Aos
poucos a banda foi mudando e ao final da noite restavam apenas o vocalista
Matheus Mendes e alguns amigos fazendo uma Jam para os que ainda curtiam a
música que rolava no palco. O gurizinho se divertiu e comemorou o seu
aniversário de 22 anos fazendo o que gosta.
Resolvi que comemoraria o meu aniversário (que foi na
segunda-feira), na quarta, aproveitando a também comemoração do vocalista Matheus
Mendes. De início pensei que fosse me arrepender, pois por ser um dia em meio
de semana, muitos dos meus amigos não puderam comparecer. Enfim, só digo uma
coisa, eu não me arrependi, mas quem não foi, ah se arrependam muito. Aos que
compareceram e ficaram até o final, puderam presenciar um espetáculo de rock
único.
Então, a partir de hoje, a Picanha da continuidade a busca
dos seus velhos sonhos e eu só tenho uma coisa a dizer: São Paulo, recebe bem
esses meninos e se prepara para descobrir
como se faz rock ‘n roll com muito amor, por que eles estão chegando.
Obs: Meninos da Picanha, obrigada por tudo. Tenho muito
orgulho de vocês e do modo como a música da Picanha é feita. Desejo muito sucesso
e felicidades. Estarei sempre do lado de vocês.
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quarta-feira, 13 de junho de 2012
Relação a três
Era inverno, porém o clima estava quente como um típico dia
de verão. O ar abafado tornava difícil a respiração. A sala estava em
silêncio e apenas uma mesa separava aquelas duas almas. O silêncio reinava no
ambiente. Ele era o dono da situação. Como interrompê-lo? Pensou ela. Melhor
deixar que ele faça o que sempre fez.
O silêncio vinha sendo um grande amigo dos dois. Palavras se
tornaram tão inimigas quanto aquela gostosa da academia que ele frequentava. O
silêncio era melhor, constatou. Afinal, era quase uma relação a três: ele, ela
e o silêncio.
Ele, que sempre fora tão próximo do terceiro integrante,
resolveu ignorá-lo. Calou o silêncio e só permitiu a sua participação em uns
breves instantes em meio à respiração.
Ele pensava mais do que falava, era evidente, mas a essa
altura, já não era preciso palavras. O silêncio, mais uma vez, cumpria o seu
papel. Não era preciso nada mais para entender o que ele significava.
Ele, enfim, desistiu de lutar com palavras. Abraçou o silêncio e
assentiu com a cabeça.
domingo, 29 de abril de 2012
O hic et nunc de Bob Dylan
No dia 24 de Abril de 2012, Bob Dylan veio mais uma vez à
capital gaúcha para enlouquecer os fãs. Enlouquecer em todos os sentidos. Primeiro
os ingressos esgotaram rapidamente, depois veio a proibição de qualquer
imprensa e registro do espetáculo. Não compareci ao show, mas como admiradora
do trabalho do velho fanho e antipático, me sinto no direito de comentar o tão
polêmico acontecimento.
Dylan, no auge dos seus 70 anos não mudou muito. Quem
acompanha a sua carreira sabe que Dylan não é o artista mais simpático do
mundo, na verdade, ele não é nem um pouco simpático, mas também não faz questão
de ser. Entretanto, sua simpatia ou a falta dela, tão pouco importam se
comparadas à sua genialidade, seu cunho poético, sua carreira e seu enorme
talento. Um fanho ranzinza, porém sensível e muito inteligente, que a cada show
faz com que seu trabalho não perca a “aura”.
A aura é discutida por Walter Benjamin, sendo colocada como
a essência da algo original, único, de momento, e que ao ser reproduzido, tem a
aura perdida. Segundo Bejamin, “A mais perfeita reprodução falta algo, o hic et
nunc (autenticidade) o aqui e agora, presença única e irrepetível”. Na sua
análise, ele se refere mais especificamente sobre o cinema, mas também cita a
cultura em geral e suas reproduções em massa. Fotografia, cinema, televisão,
cópias, enfim, qualquer tipo de reprodução extingue a aura pertencente somente
ao original. Creio, então, que essa discussão possa se aplicar aos espetáculos
proporcionados por Dylan.
Um dia desses li que Dylan não faz cover dele mesmo. É
exatamente aí que podemos juntar a teoria de Walter Benjamin com a posição do
velho Dylan em relação aos seus shows. Em tempos de reproduções descontroladas,
fica difícil manter a autenticidade, o momento único de algo. Porém, Dylan ainda tenta.
Em cada show, não é possível ouvir meras reproduções de suas composições. É
tudo novo, único, com arranjos e mudanças feitas na hora, sentidas e projetadas
pelo próprio compositor. A aura está ali, só ali, no agora. Nenhum show do
mestre é igual ao outro. Nenhuma música é tocada como em seus álbuns ou como se
espera ouvir. Tudo é novidade, tudo é o momento, tudo se resume à aura que
Dylan faz questão de não abolir, ao menos em seus shows.
O veto da presença da imprensa, também qualifica a autenticidade
do momento. Nada de reproduções posteriores. Nada de fotografia, de réplicas,
de gravações. Só o momento. Só você, o artista e a aura. Um espetáculo do velho
antipático pode não ser dos mais animados, e muito menos dos mais interativos.
No entanto, não é isso que o velho Dylan quer. Afinal, com tantos anos de
carreira, e tanta sensibilidade musical, ele ainda sabe muito bem o que quer e
o que faz ali. Ele sabe que ao final de cada espetáculo, aquele momento permanecerá
único. E, ao final de tudo, só sobrará ele, você e a aura, na sua forma mais
pura.
Talvez eu e algumas pessoas não tenhamos a mesma
sensibilidade de Dylan, o que torna difícil comparecer a um espetáculo onde o
artista não interage com o público. Como opinião pessoal, digo que o que me
atrai em um espetáculo é isso, a interação. Critério que nos shows promovidos
por Dylan, é deixado a desejar. Porém, não podemos negar que em tempos como os
de hoje, onde quase nada mais é original, onde a reprodução é a nossa amiga
mais íntima, conseguir fazer algo tão único e manter o seu hic et nunc é
espetacular.
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quarta-feira, 4 de abril de 2012
Something in the way
5 de Abril de 1994, uma data que nunca sairá da memória dos
fãs de Kurt Cobain. Um dia triste, que traz saudades e lembranças todos os
anos. Nesse dia, Kurt Cobain abandonava sua carreira, sua família, seus fãs e
sua vida.
Uma vida confusa e uma carreira brilhante, porém rápida foi
o que consistiu os seus 27 anos. O Nirvana encontrou o sucesso em 1991 com o
lançamento de Nevermind, desde então a vida de Kurt Cobain nunca mais foi a
mesma. Os tempos de shows pequenos, em bares se transformaram em estádios
lotados. A música e a diversão que ele tanto gostava se tornaram espetáculos e
era quase impossível sair da frente dos holofotes. Era muita pressão, 3
tentativas de suicídio, o vício em drogas, um casamento conturbado e uma filha nascida, em 1992.
Ainda hoje, há boatos sobre sua tão misteriosa morte. Um tiro
na cabeça poderia caracterizar um suicídio, mas indícios e muitas perguntas sem
respostas ainda fazem os fãs se questionarem sobre um possível assassinato. O
corpo foi encontrado, apenas 3 dias depois do ocorrido, em sua casa em Lake
Washington. Ao lado dele estavam a arma utilizada e uma carta e em seu corpo foram
encontrados vestígios de Heroína e Valium. A carta era dirigida para Boddah, um amigo imaginário de
Kurt, durante a infância. Há boatos de que a parte final da carta tenha sido
acrescentada depois de sua escrita, alterando assim o seu sentido, levantando
mais uma vez a teoria de assassinato.
Enfim, independente do que tenha ocorrido naquele 5 de
Abril, não há mais como voltar no tempo, e só nos resta relembrar os bons
momentos, as boas músicas e a história que esse homem deixou. Ao fãs, mais
do que do Nirvana, aos fãs do Kurt Cobain, fica aqui uma saudade compartilhada.
Carta de despedida
Tradução:
Para Boddah
"Falando da língua de um simplório experiente que obviamente preferiria ser um eliminado, infantil e chorão. Este bilhete deve ser fácil de entender.
Todas as advertências dadas nas aulas de punk rock ao longo dos anos, desde a minha primeira introdução a, digamos assim, éticas envolvendo independência a aceitação de sua comunidade provaram ser verdadeiras. Há muitos anos eu não tenho sentido a excitação de ouvir ou fazer música, bem como ao ler e escrever. Minha culpa por isso é indescritível em palavras.
Por exemplo quando estou atrás do palco e as luzes apagam e o ruído maníaco da multidão começa, não me afeta do jeito que afetava Freddy Merucury que costumava amar, se deliciar com a adoração da multidão que é algo que eu totalmente admiro e invejo. O fato é que eu não posso fazer você de tolo, nenhum de vocês, posso enganar. Simplesmente não é justo a você ou para mim. O pior crime do que eu posso imaginar seria enganar as pessoas sendo falso e fingindo como se eu estivesse me divertindo 100%.
Às vezes eu acho que eu deveria acionar um despertador antes de entrar no palco. Eu tentei tudo dentro de meu alcance para gostar disso(e eu gosto, Deus, acredite em mim eu gosto, mas não foi o suficiente). Eu aprecio o fato de que eu e nós atingimos e divertimos muitas pessoas. Eu devo ser um desses narcisistas que só dão valor as coisas quando elas se vão. Eu sou sensível demais. Preciso ficar um pouco dormente para ter de volta o entusiasmo que eu tinha quando criança.
Nossas últimas três turnês, tive um reconhecimento por parte de todas as pessoas que conheci pessoalmente e dos fãs de nossa música, mas eu ainda não consigo superar a frustração, a culpa e a empatia que eu tenho por todos. Existe o bom em todos nós e acho que eu simplesmente amo as pessoas demais, tanto que chego a me sentir mal. O triste, o sensível, insatisfeito, pisciano, pequeno homem de Jesus. Por que você simplesmente não aproveita? Eu não sei!
Eu tenho uma esposa que é uma deusa, que transpira ambição e empatia, e uma filha que me recordam muito do que eu era, cheio de amor e alegria, beijando toda pessoa que ela encontra porque todo o mundo é bom e não a fará nenhum dano. E isso me apavora ao ponto de eu mal conseguir funcionar. Eu não posso ficar com a idéia de Frances se tornar o triste, o autodestrutivo e mórbido roqueiro que eu virei. Eu tive muito, muito mesmo, e eu sou grato por isso, mas desde os sete anos , passei a ter ódio de todos os todos os humanos em geral. Apenas por que eu amo e sinto demais por todas as pessoas, eu acho.
Obrigado do fundo de meu nauseado estômago queimando por suas cartas e sua preocupação ao longo dos anos. Eu sou mesmo um bebê errático e triste! Não tenho mais a paixão, então lembrem, é melhor queimar do que se apagar aos poucos.
Paz, Amor, Empatia.
Kurt Cobain
Frances e Courtney, eu estarei em seu altar.
Por favor vá em frente Courtney, por Frances.
Por sua vida, que vai ser mais feliz sem mim.
EU TE AMO, EU TE AMO!
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quarta-feira, 28 de março de 2012
Joe Cocker
Porto Alegre vem se superando a cada dia em termos de
espetáculos. Ontem, o lendário Joe Cocker retornou ao Brasil, depois de 20 anos.
O show marcado para acontecer no Pepsi On Stage pareceu não ter muita
divulgação, ou talvez, só tenha sido ofuscado pela enorme atenção ocupada por
Roger Waters, que se apresentaria dois dias antes. Enfim, ao chegar às 20h da
terça-feira, o show, sucedido do espetáculo de um gigante do rock (domingo),
parecia fracassar em número de público.
A banda de abertura não animou muito a plateia, que estava
cansada, após um longo dia de trabalho. O pouco público não conseguia nem
aquecer o enorme pavilhão, onde as jaquetas e mantas ainda eram mantidas. No
entanto, seguindo uma pontualidade britânica, às 21h a grande estrela da noite, junto de sua banda subiu ao palco do Pepsi On Stage. O público diverso,
mesclado de pais, filhos, avós, famílias inteiras até, era lindo de se ver. A
energia da banda contagiou a platéia, e a voz de Joe Cocker fez todos
esquecerem o cansaço e balançar o esqueleto.
A lenda viva do rock agitou a noite com suas regravações dos Beatles, “Come Together” e “With A Little Help From My Friends”,
e fez o público se emocionar com as clássicas como “You Are So Beautiful”,
“Unchain My Heart” e “Up Where We Belong”. A cada música Joe Cocker mostrava uma
energia e uma alegria contagiante através de seus clássicos pulinhos e gestos imitando
estar tocando algum instrumento. Ele trocou poucas palavras com o público, mas
alguém com a sua voz e com músicas tão marcantes não precisa dizer muito. Cada
clássico falou por si e a troca entre banda e público era evidente a cada
refrão cantado em conjunto.
A banda levou carisma e perfeição para um show tão esperado.
A riqueza de instrumentos e a força das backing vocals foi algo que eu nunca havia
presenciado em tantos shows já vistos, aqui em Porto Alegre. A iluminação
simples não esmaeceu a banda, uma vez que sua luz própria completou o
espetáculo e fez com que a voz inconfundível de Joe Cocker iluminasse a plateia
formada de famílias inteiras. Pais, filhos e avós, cada um pode se emocionar
com uma trilha.
Ao final da noite, após dois Bis, a banda agradece, as luzes
acendem, e os olhares, alguns com lágrimas, outros alegres se despedem da
fantástica noite proporcionada pelo vovô de cabelos brancos e voz forte. Ao
final da noite, Joe Cocker acompanhado de sua enorme banda de 7 componentes,
mostrou que também ainda é um gigante do Rock, do Pop, do Soul, do Blues, da
música.
Set-list
Hitchcock
Railway
Feelin’
Alright
The Letter
When the
night comes
Unforgiven
Summer in
the city
Up where we
belong
You are so beautiful
Hard Knocks
Come
together
You can
leave your hat on
Unchain my
heart
With a
little help from my friends
Bis:
Shelter me
She came in
through the bathroom window
Cry me a
river
Bis 2:
High time
we went
Long as I
can see the light
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terça-feira, 20 de março de 2012
O outono
"A melhor época do ano é o Outono. Porque não está muito
quente e nem muito frio e a gente só precisa de um casaquinho." (Miss Rhode Island) – Miss Congeniality movie
hihihi Brincadeiras a parte, eu concordo muito com
essa frase.
Aaah o outono...
“Repara que o outono é mais estação da
alma do que da natureza.” (Nietzsche)
quinta-feira, 8 de março de 2012
Cadê as mulheres de verdade?
Dia: 8. Mês: Março. Ano: 2012
Hoje, o dia foi repleto de parabéns, mensagens bonitas,
pessoas passando com flores nas ruas e alguns homens até resolveram que hoje,
apenas hoje, seriam gentis com as mulheres. Acho engraçado esse dia, assim como
todas as datas comemorativas existentes em nosso calendário, uma vez que em
tais dias as pessoas agem como se tudo estivesse mudado. Durante as 24h de uma
data comemorativa, tudo faz sentido, as pessoas “mudam”, sorriem para
estranhos, presenteiam quem gostam e todos vivem felizes. O que me questiono a
cada data dessas é se todos sabem o real significado disso existir ou ao menos
se tem algum significado. Questiono-me porque as pessoas decidem serem gentis e
presentear quem gostam apenas nessas datas. Será que se não houvesse feriados,
dias comemorativos etc. ninguém se lembraria de ninguém? E que tipo de relação teríamos
com as pessoas a nossa volta?
Há algum tempo atrás, em Nova York, mulheres (digo, mulheres
de verdade), lutavam pelos seus direitos.
Elas lutavam por um salário digno, já que na época ganhavam apenas um
terço do salário do homem, seguindo mesmo trabalho. Elas lutavam por horas mais
justas em sua carga horária, apenas queriam 10 horas, ao invés de 16 horas
diárias. Elas lutavam por um tratamento digno, lutavam por respeito e por uma
vida melhor para elas e para todas as que viriam no futuro. Essas mulheres,
mulheres de verdade, que não tem medo, que quando querem correm atrás, que
ficaram cansadas de se esconderem atrás de um homem, foram mortas durante essa
luta por seus direitos, no dia 8 de Março de 1857. Aproximadamente 130
trabalhadoras foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada, durante a
manifestação.
Essas são as mulheres de verdade. Essas são as mulheres que
deveriam ser vistas como exemplo para o mundo. Elas contribuíram com algo que
nenhuma mulher fruta contribuiu nessa geração. Elas fizeram algo que mudou a
vida de todas as mulheres e de todos os homens. Hoje, nós mulheres, gozamos dos
direitos obtidos através dessa desgraça, e inclusive os homens saíram ganhando.
Eles ganharam mulheres mais fortes e decididas.
Agora, e se todos os dias do ano, as pessoas comemorassem,
presenteassem quem gostam, fossem gentis umas com as outras, fossem felizes e
pensassem em como melhorar o que queremos? Penso que se lutarmos diariamente
pelos nossos direitos, tragédias (?) como essas se tornariam menos necessárias.
Me preocupa o fato de que apenas acontecimentos chocantes como esses gerem
datas comemorativas e direitos a quem merece.
Peço para essa nossa geração, que não envergonhe a imagem
das tantas mulheres que morreram pelo que acreditavam. Mulheres frutas não
farão a nossa vida mais doce, acreditem.
Em homenagem a esse dia eu poderia colocar uma mulher para nos representar (nossa, que original). Porém, eu me orgulho muito desse homem que não esconde o seu respeito pelas mulheres. Mesmo ele sendo quase uma mulher.
Campanha: Lady Dior
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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Oscar 2012
Ganhadores:
Em primeiro lugar ficou “O Artista” com 5 Oscars, incluindo
o de Melhor filme.
Melhor filme – Melhor Direção (Michel Hazavicius) – Ator (Jean
Dujardin) – Trilha sonora – Figurino
Com o mesmo número de estatuetas ficou “A invenção de Hugo
Cabret”.
Fotografia – Direção de arte - Efeitos visuais – Efeitos sonoros
– Som
Seguindo com o filme “Dama de ferro” que levou duas
estatuetas. Uma para Meryl Streep, como melhor atriz (merecidamente) e
outra de melhor maquiagem.
Depois segue com:
Ator coadjuvante: Christopher Plummer (Toda forma de amor)
Atriz coadjuvante: Octavia Spencer (Histórias cruzadas)
Roteiro Original: Meia noite em Paris (por mim receberia o
de Fotografia também)
Roteiro adaptado: Os descendentes
Melhor filme estrangeiro: A separação, de Asghar Farhadi
Melhor animação: Rango, de Gore Verbinski
Melhor documentário: Undefeated, de Daniel Lindsay e T.j. Martin
Música: Os
Muppets - Man or muppet, de Brett McKenzie
Montagem: Millenium – Os homens que não amavam as mulheres
Melhor curta-metragem: The Shore, de Terry George e Oorlagh
George
Documentário curta-metragem: Saving Face, de Daniel Junge e
Sharmeen Obaid-Chinoy
Animação em
curta-metragem: The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore, de William
Joyce, Brandon Oldenburg
Bem, como não assisti a todos os filmes ainda (e são
muitos), pretendo ir comentando aos poucos, por aqui. Só digo que "O Artista" arriscou ao retomar o clima do passado cinematográfico, em um tempo onde tudo
tem que ser digital, 3D e super produzido. Achei justo ganhar o melhor filme.
Agora, mudando dos filmes, para os atores, a polêmica ficou
a cargo da diva Angelina Jolie. Roupa, cabelos e maquiagem estavam
maravilhosos, mas nada conseguiu esconder a assustadora magreza da atriz. E, Meryl
Streep, sua linda, quem disse que tu nunca mais vai subir aí? demorou, mas chegou o teu tão merecido Oscar. Quase chorei
quando ela disse isso.
Enfim, muita gente boa, fazendo trabalhos maravilhosos, desde
os maquiadores, figurinistas aos diretores e roteiristas. Ficou difícil medir
quem é o melhor.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
The man in black
“Everybody
knows where you go when the sun goes down. I think you only live to see the
lights of town. I wasted my time when I would try, try, try. Cause when the
lights have lost their glow, you're gonna cry, cry, cry.”
Man in black - Johnny Cash
Jackson - Johnny e June
Essa é a primeira estrofe de uma das músicas que engatilhou
a carreira de John Ray Cash, em 1955. Se estivesse vivo, o nosso “Man in black”
estaria completando hoje, 80 anos. O grande nome do country se foi em 2003, mas
como a parte boa a gente deve sempre relembrar, deixo aqui minha homenagem de
aniversário.
Cash era realista e colocava em suas letras e composições
pedaços de lembranças, tragédias e críticas. O preto era o seu uniforme em suas apresentações e o uso com tanta frequência
fez com que fosse apelidado de “O homem de preto”, o que ele explora em sua
música, “The man in black”: “I wear the black for the poor and the beaten down,
Livin' in the hopeless, hungry side of town, I wear it for the prisoner who has
long paid for his crime, But is there because he's a victim of the times…”
Sugestão: “Johnny e June – (Walk the Line)” - Filme sobre a trajetória
de Cash, que conta com a maravilhosa atuação de Joaquin Phoenix (Johnny Cash),
e de Reese Whiterspoon (June Carter).
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Peace, Love, Empathy
Cabelos louros, escorridos e pesados. Olhos azuis tão
notáveis, como nunca alguém vira antes. Camisa de flanela. Calça jeans rasgada.
Tênis All Star. Uma mente perturbada, porém fértil.
Talento musical, nem tanto, mas talento para expressar os seus sentimentos,
suas angustias e revolta, ah isso ele tinha de sobra.
Kurt Donald Cobain nasceu em Aberdeen, no dia 20 de Fevereiro
de 1967. Ele ficou conhecido por ser o vocalista da banda grunge Nirvana. No entanto, o foco de hoje não é o Nirvana, nem as suas músicas, mas apenas ELE, Kurt Cobain, o homem,
a pessoa e não mais o seu sucesso amparado pelo Nirvana. E, talvez um pouco de
mim mesma, afinal, eu não seria EU se não conhecesse ELE.
Quem me conhece sabe do meu amor e da minha admiração por
esse homem. Quando falamos de Kurt Cobain, isso pode gerar muitas polêmicas,
ainda mais quando alguém diz que o admira. Para começar a história, no auge dos meus 13 anos,
aquela época em que tudo acontece e parece termos o mundo contra a gente, ELE
surgiu. Surgiu com letras confusas, melodias pesadas e divertidas e com tanta peculiaridade e tantas formas bizarras de se expressar, isso acabou
por gerar em mim e em uma geração inteira de jovens, muita curiosidade. Posso confessar que no início de tudo eu
não gostava muito de ouvir Nirvana, mas aos poucos as coisas foram fazendo
sentido, e cada peça da sua história foi se encaixando. A curiosidade virou
pesquisa, conversas, muita leitura e análise e ao final de tudo surgiu a
identificação. A identificação com ELE. Não apenas com o Nirvana, não apenas
com as sua música, mas sim uma grande identificação com o conjunto que tudo
aquilo significava e representava dentro da vida do próprio Kurt Cobain.
Bem, decidi que não pretendo resumir a sua vida aqui, muito menos seus
motivos, manias, características e peculiaridades, pois isso seria reduzir uma
história de 27 anos de conflito, melancolia, frustrações, perdas e conquistas a
nada menos que um pequeno drama cotidiano. O mais fantástico DELE é isso, sua
complexidade como ser, como compositor, como pai, como marido e principalmente
como filho. Kurt Cobain era uma pessoa fascinante, para dizer o mínimo.
Se hoje ele estivesse vivo comemoraria seus 45 anos, junto
de sua mulher, Courtney Love e sua filha, Frances Bean Cobain, hoje com 20
anos.
Eu deixo aqui o meu Feliz Aniversário Kurdt! “Forever in debt to your priceless
advice”
Ps: Se alguém tiver interesse em se aprofundar na complexidade do ser Kurt Cobain, eu indico o livro Heavier than Heaven. É uma biografia muito bem escrita, emocionante e rápida de ler.
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sábado, 11 de fevereiro de 2012
R.I.P. Whitney Houston
Há mais ou menos 2 horas, nós internautas fomos informados de
mais uma perda para o cenário musical. Uma
das grandes vozes do R&B/soul se vai. Whitney Houston tinha 48 anos e há algum tempo vinha enfrentando problemas com drogas e álcool. O motivo da sua morte
ainda não foi divulgado, porém isso não importa muito, uma vez que um grande talento
não está mais entre nós.
Ultimamente, com tanta gente talentosa morrendo e com tanta
porcaria sendo promovida, eu me vejo muito preocupada com o futuro. Vejo-me
preocupada com o futuro dos exemplos, da história, do conteúdo, das técnicas,
dos talentos. Hoje em dia um cantor de 16 anos já tem uma biografia escrita. As
letras das bandas de maior sucesso falam de fracasso e coisas bobinhas. A
técnica e o talento já não importam mais, pois os “heróis” devem ser bonitos,
pois o resto (o talento e a técnica) a maravilhosa tecnologia concerta, ou
seria mais apropriado dizer que, mascara a falta de tanto conteúdo?
Ninguém é obrigado a gostar de Whitney Houston, nem ouvir,
mas me assusto ao saber que talentos como esse vêm passando despercebidos pela
nova geração. Se perguntarmos para os adolescentes de hoje quem foi essa
cantora é assustador descobrir que tal nome se tornou tão insignificante, enquanto seres montados pela indústria musical viram ídolos ou até
heróis.
Como dizem: os bons morrem jovens.
R.I.P. Whitney Houston
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Time is money
O Super Bowl é o maior evento esportivo dos EUA e que atrai
milhões de espectadores ao redor de todo o mundo. Esse evento nasceu em 1966,
com a união entre as duas maiores ligas de futebol americano. Nesse ano o campeonato aconteceu em Indianápolis e teve como o campeão os Giants. Essa foi a segunda vitória dos Giants em um Super Bowl. O maior campeão
até hoje é o Pittsburgh Steelers, com seis triunfos.
Bem, mas aqui o assunto é publicidade, e nesse quesito o Super Bowl
também possui algo a nos oferecer. Uma vez que, esse evento é o de maior
audiência nos EUA, ele possui a publicidade mais cara. As empresas dispendem de
milhões numa espécie de competição entre os melhores comerciais, sem contar o
fato de vencer o desafio de entreter e cativar o telespectador. A média do
valor para os comerciais é de US$ 3,5 milhões cada, por isso é essencial
aproveitar muito bem o seu tempo e fazer um bom trabalho.
Ontem, durante a transmissão do Super Bowl, me diverti
catando alguns comerciais, por aqui. Resolvi então, postar alguns que atenderam
aos dois objetivos descritos ali em cima: cativar e entreter, além disso, convencer
do seu produto/serviço (o que na minha opinião fica em terceiro lugar, em
relação aos outros quesitos).
A marca mais comentada foi a KIA, graças ao seu teaser muito
atrativo para os espectadores do Super Bowl (em sua maioria, do sexo
masculino). A marca utilizou a modelo Adriana Lima, para ficar balançando uma
bandeira por cinco horas. O vídeo rendeu bons pontos para a marca, afinal, ela
conseguiu atrair a atenção do público alvo. Um tanto quanto audacioso, não
acham?
Segue o vídeo:
Antes de começar os vídeos, gostaria de dizer que esse ano
foi um ano de revivals, pois ninguém
trouxe algo realmente surpreendente e muitos se mantiveram apoiados em sucessos
passados, para citar alguns:
1 – A Wolkswagen decidiu aproveitar o sucesso do menino
Darth Vader. Tá, legal, bonitinho, todo mundo riu. Eles até tentaram com um
cachorro, o que achei muito bom, mesmo, mas será que precisava de novo do mini Darth Vader?
2 - A Coca-Cola, com os ursos polares. Tá bom que são
fofinhos e todo mundo sentiu a falta deles, mas poxa Coca, vocês são os caras
surpreendentes. Impress me, please.
3 – A versão “Curtindo a vida adoidado” da Honda, versão Ferris
adulto, até que ficou legal, mas como já disse, algo nada além de se aproveitar
do sucesso passado, do já conhecido e clássico filme.
Bem, agora os que
saíram da sua zona de segurança e apostaram em algo divertido e realmente
cativante (não que os outros não tenham sido). Em ordem decrescente.
5 - A Chevrolet resolveu aproveitar a onda do ano apocalíptico e fazer graça com isso (principalmente tirando sarro com seu concorrente, Ford). O legal desse comercial é que não ficou algo tosco e batido. Eles souberam aproveitar 2012. Chevy, você está fazendo isso muito certo.
5 - A Chevrolet resolveu aproveitar a onda do ano apocalíptico e fazer graça com isso (principalmente tirando sarro com seu concorrente, Ford). O legal desse comercial é que não ficou algo tosco e batido. Eles souberam aproveitar 2012. Chevy, você está fazendo isso muito certo.
4 – Alguns podem até querer achar alguma relação com a onda “Crepusculo”,
mas a Audi soube trabalhar com a essência da verdadeira história dos vampiros e
transformar no melhor do humor utilizando a principal característica do seu
carro. Divertido e cativante.
3 – M&M’s seguindo a linha do humor, como sempre.
Comercial, rápido, objetivo e engraçado. Gostei.
2- A Doritos soube aproveitar muito bem os seus 30s.
Trabalhou com humor, como sempre e a velha história sobre o cão ser o melhor
amigo do homem. Nesse comercial, quem oferece agrado para o homem é o cão,
invertendo a comum história de recompensarmos os animais. O comercial atende ao
seu público alvo, diverte e cativa, além de sugerir uma certa identificação
entre ele e o espectador, tudo isso em apenas 30s. Muito bom.
1 - E a vencedora, pra mim, desse ano foi a KIA. Essa soube
fazer o dever, entreteve, cativou e mostrou que entende o seu público alvo. Ao
som de Mötley Crüe, que homem não teria um sonho desses?
Depois dos que fizeram o dever de casa tem os que não vale nem a pena postar.
1 - Pepsi, muita produção, pouca criatividade. Não gostei.
2 - H&M, o que foi esse comercial? alguém me explica, por que uma marca passa o David Beckham só de cueca para outros homens? Ele é o sonho das mulheres. Acho que faltou trocar uma idéia com a KIA.
Então, qual comercial vocês mais gostaram de ver durante o Super Bowl?
1 - Pepsi, muita produção, pouca criatividade. Não gostei.
2 - H&M, o que foi esse comercial? alguém me explica, por que uma marca passa o David Beckham só de cueca para outros homens? Ele é o sonho das mulheres. Acho que faltou trocar uma idéia com a KIA.
Então, qual comercial vocês mais gostaram de ver durante o Super Bowl?
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Death Pact
Sid Vicious nasceu no dia 10 de Maio de 1957, em Londres e
morreu no dia 02 de Fevereiro de 1979. Sid foi o baixista da banda de punk rock
Sex Pistols. A banda foi formada em Londres, em 1975, por Malcom McLaren, com o intuito de divulgar sua loja de roupas. Sid não sabia tocar, mas devido ao seu estilo foi escolhido
para fazer parte da banda.
Eu, como publicitária e adoradora do Sex Pistols não poderia
deixar passar em branco essa perda. Querendo ou não o Sex Pistols foi até hoje
uma grande ação publicitária, que acabou tomando proporções fora do comum tanto
para a música quanto para a “onda punk”. Sid junto com o Sex Pistols causava
polêmica por onde passavam. O mais curioso é o fato de que o único integrante
que não tocava nada chamava muita atenção. Sid tinha atitude e estilo que representava
toda uma juventude de pensamentos anárquicos e movimentos de rebeldia, e era
isso que o Sex Pistols transpirava. Ele acabou sendo um baixista de destaque,
não por seu talento musical, mas por suas atitudes e polêmicas. Os jovens se identificavam
com ele e era isso que a loja de roupas Sex queria.
Sid morreu de overdose de heroína, na casa da sua mãe,
durante sua festa de libertação, pois ele estivera preso por ter matado a sua
namorada Nancy (história nunca realmente comprovada), num quarto de hotel. Segundo o próprio Sid, ele e Nancy teriam um "pacto de morte" e ele deveria cumprir a parte dele.
Foto tirada por Bob Grüen
Sex Pistols - God Save the Queen
Sex Pistols - Anarchy in the UK
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Qual o seu sonho?
Que todo mundo tem um sonho na vida, isso a gente já sabe.
Pois então, a banda gaúcha Picanha de Chernobill vem há alguns anos perseguindo
o seu sonho. Com muita garra e talento cada passo dado é uma conquista, afinal,
ser uma banda de rock independente, de sucesso, no cenário musical do Brasil, hoje em dia, não
é um dos sonhos mais fáceis de se alcançar.
Hoje, dia 26 de Janeiro de 2012, a banda lança o seu
primeiro clipe, da música “Velhos sonhos”, do seu segundo álbum “O velho e o
bar”. O clipe foi produzido por Airon Fidler Films, produtora criada em
parceria entre a Picanha de Chernobill e Andy Marshall, produtor artístico da
banda.
A Picanha é composta por Matheus Mendes
(vocal), Chico Rigo (Guitarra), Gordo Schmitt
(Baixo) e Diego "Babaloo" Berquó (Bateria). A banda lançou o seu
primeiro CD independente em 2009, mas só começou a ter destaque no cenário
musical gaúcho em 2010 após vencer o concurso Polar – A melhor banda é daqui.
Em 2010, veio a nova formação com a entrada do vocal, Matheus Mendes e o batera
“Babaloo”.
Os músicos citam bandas como Led Zeppelin, Rolling Stones, Black
Sabbath, Alice In Chains, Guns'n'Roses, The Black Crowes, AC/DC e Pearl Jam como as
principais influências para a banda.
Eu como fã de música boa, venho acompanhando o trabalho
desses guris há algum tempo e se você quer ouvir algo novo, diferente,
elaborado, porém simples, eu recomendo muito a banda Picanha de Chernobill.
Segue então o novo clipe, “Velhos sonhos”
Se você gostou da banda, eles contam com camisetas
disponíveis através de contato direto com os integrantes pelo Facebook
ou pelo site. Os CDs podem ser encontrados nas Livrarias Cultura, na Toca do
Disco ou pelo site.
Facebook: facebook.com/picanha.banda
Twitter: twitter.com/picanhabanda
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Changes
Desde que
me conheço por gente, nunca gostei de mudanças. Deixar para trás o
que sempre esteve presente nunca me agradou. Sou como uma espécie de
colecionadora que gosta de guardar tudo, desde cacarecos a memórias e lugares
especiais.
Pra falar
a verdade, descobri que nunca gostei de mudanças há pouco tempo, num desses
dias que a gente para pra pensar sobre a vida, sabe? E então acabamos por nos
conhecer melhor. No entanto, ultimamente, tenho me deparado com algumas
mudanças, de casa, de vida e de percepção. Comecei, então, a ver que mudanças,
às vezes, além de necessárias podem também ser boas.
Nenhuma
mudança é 100% perfeita e maravilhosa, mas ela pode sempre trazer coisas
positivas para os colecionadores como eu. Mudar significa conhecer coisas
novas, pontos de vista diferentes... É como passar a vida curtindo a beleza do Rio lago Guaíba da orla e um dia
decidir olhar a paisagem lá do meio do rio lago,
e assim passar a perceber muitas coisas impossíveis de serem enxergadas por
apenas um só ângulo.
Segue um vídeo do mestre camaleão.
Changes - David Bowie
"Turn and face the stranger..."
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