Pão com recheio
o dobro de recheio.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
Coração Frankenstein
Sabe aquele filme? Aquele que o bebê nasce velho e vai rejuvenescendo
com o passar dos anos? Benjamin Button. Louco não?
Às vezes paro e penso se não nascemos meio "ao contrário", assim como o Benjamin Button. Se não nascemos “sem um coração completo”, com aquela parte que guia nossas emoções ainda em formação.
Às vezes paro e penso se não nascemos meio "ao contrário", assim como o Benjamin Button. Se não nascemos “sem um coração completo”, com aquela parte que guia nossas emoções ainda em formação.
Nascemos, crescemos, aprendemos a falar, a andar, a comer e
em meio a tudo isso, aprendemos a amar e a ser amados. Cada pessoa que nos ama
deixa conosco um pedacinho de si e com centenas desses pedacinhos vamos
alimentando e construindo nosso coração ao longo da vida. Ele vai ganhando forma e força para
pulsar cada vez mais forte.
Tem pessoas que amamos tanto, e de repente vão embora, nos
fazendo sentir que levaram uma parte do nosso coração. Dói. No entanto, ao
mesmo tempo, tem pessoas que nos amam tanto, que sentimos ficar com um
pedacinho de seu tum-tum. Tem pessoas que amamos tanto e nos fazem sentir tão
amadas, que a dor faz apenas parte dessa troca. Como se: "Eu
te dou um pedacinho do meu e tu me da um pedacinho do teu, ok?"
Que coisa linda, não?
Foto: Jéssica Antonielle - Bariloche - Argentina 2006 |
Dessa forma, vamos construindo corações ao longo da vida,
deixando um pouco do nosso e recebendo um pouco de outros amores. Tem vezes,
que o pedaço que deixam conosco é tão grande, mas tão grande, que parece que
nosso coração irá explodir. Que nada! Ele se espreme, se ajeita e sempre cabe
mais um pedacinho.
E assim, ao final da vida, nos restará um lindo e grande
coração com buraquinhos dos que já amamos e pedacinhos dos que já nos amaram. Parece um tanto quanto assustador, mas não tenha medo. Se permita amar e ser
amado. Seu coração não irá explodir. A dor é só ele se ajeitando, achando mais um
espaço para mais um pouquinho de amor.
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terça-feira, 13 de janeiro de 2015
Voar
Quando eu era pequena, achava
lindo o Festival de Balonismo de Torres. Ver aqueles balões subindo tão alto,
um mais colorido que o outro. Era mágico. E ao mesmo tempo assustador. Sim,
nunca tive coragem de subir em um balão. Ao ver aqueles pontos coloridos no céu
eu sentia um misto de alegria e tensão. Pensava em como devia ser libertador
voar assim, mas ao mesmo tempo, dava um medo, e pensava e se pegar fogo? E se
cair? Coisas de criança né?
Nem tanto... Hoje, com 23 anos continuo com medo de
voar de balão, mas fui obrigada a aprender a alçar outros voos. Criei coragem para ver o mundo de outro
ângulo, coragem de subir bem alto e apostar, ver o que acontece. Aconteceu. Pegou fogo.
Caí. Sobrevivi. Alcei voo de novo.
E hoje, tenho guardado comigo a
lembrança de cada visão que me proporcionei de ângulos diferentes. Guardo
comigo aquele friozinho na barriga enquanto estou subindo, e aquela emoção de
chegar o mais alto que posso chegar. Guardo comigo a dor da queda e a aflição de
sentir o momento bonito terminar sem nada poder fazer. Posso dizer que é bom voar e que quanto mais
caímos, mais experientes ficamos nas quedas.
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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
De que lado você está?
Quem me conhece sabe que não sou muito adepta às
comemorações do final do ano, principalmente o Natal. Mas por outro lado, sempre
penso nesses momentos como uma oportunidade para refletirmos e fazermos o balanço
do ano que passou.
Nesse ano, no auge dos meus 23 aninhos, aprendi muitas coisas, dentre elas, aprendi a diferença entre
as pessoas boas e as pessoas ruins. Entendi que o ser humano, em geral, erra, acerta, machuca, ajuda, chora,
da risadas, xinga, abraça. Para isso basta estar vivo.
Aprendi que as pessoas ruins colocam tudo isso em uma única
gaveta e as usam como e quando lhes convém, enquanto as pessoas boas separam erros e
acertos para guiar suas escolhas.
A diferença entre o ser bom e o ser ruim é a forma como lida
com essas situações. Há quem erre tentando acertar. Há quem machuque tentando
ajudar... Mas há também, quem machuque tentando se prevalecer. Há quem faça
chorar sem pensar em abraçar.
Aprendi esse ano que a diferença entre as pessoas boas e as
ruins está no princípio dos seus atos. O objetivo do início e a atitude do
final. Já que, vivendo, estamos todos submetidos ao erro, porém, admitir e
buscar sempre fazer o melhor nos diferencia uns dos outros. Quem erra tentando acertar, aprende, pede desculpas, busca
ser melhor, e acima de tudo, cresce. Quem erra por orgulho, egoísmo, ganância, não vê o mal que faz a
sua volta, ou pior, vê e ignora. Este está fadado a sua pequenez.
Aprendi que convivemos com todos os tipos de pessoas, e
muitas delas ainda irão passar por nossas vidas. Cabe a cada um escolher quem
fica e quem passa. Cabe a cada um valorizar as pessoas boas e tentar ajudar as pessoas ruins.
Cabe a cada um escolher de que lado quer estar.
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